Professores, este material foi pensado para lhes apresentar a possibilidade de conhecer e refletir sobre as histórias de vida de brasileiros e brasileiras através da literatura de cordel e colaborar com o seu trabalho de preparação dos seus alunos para a visita à exposição Vidas em Cordel, seja na sua versão digital ou física.
Para entrar neste mundo de histórias, convidamos vocês a visitarem a plataforma do Museu da Pessoa. Entrem no menu e navegue por histórias, coleções, exposições, conheçam a ferramenta Conte Sua História e muito mais.
Após o passeio por todo o Museu, propomos que busquem as histórias de vida de Tula Pilar e Roberta Estrela D’Alva. Vejam o vídeo e leiam as duas histórias na íntegra com atenção. São histórias que também estão na exposição Vidas em Cordel.
O contato com estas personagens pode levá-los a refletirem sobre a vida delas. Quem são? De onde vêm? Como, onde e o que das duas histórias se aproxima ou se diferencia? Como a poesia entrou em suas vidas?
Apresentamos três propostas, em sequência, para estimular seus alunos a entrarem nesse mundo de possibilidades e de intersecção do relato de história de vida com a literatura de Cordel.
Contem para a classe que visitou o Museu da Pessoa, um museu digital que tem um acervo de histórias de vida, que capta as histórias e as divulga em uma plataforma digital
Conte também sobre a exposição Vidas em Cordel, que recorre à literatura de Cordel para divulgar histórias de 13 pessoas, algumas talvez conhecidas por eles, e outras desconhecidas.
Antes da visita à exposição, sugerimos que apresentem ou indiquem aos estudantes que entrem no Museu da Pessoa e que percorram esse espaço digital entrando nas histórias, imagens, coleções, exposições temáticas e na ferramenta Conte Sua História.
Conversem sobre as suas impressões e as deles, o que entendem por história de vida e sobre a possibilidade de produzirem histórias em relatos, poesias ou vídeos e divulgá-las neste Museu.
Vale orientar também que, na visita à exposição Vidas em Cordel física, observem o ambiente, a organização dos painéis, o que cada painel apresenta, as cores, os nomes, os textos e as xilogravuras.
Já no acesso à exposição virtual Vidas em Cordel, exiba na tela do computador para que vejam o ambiente, a organização, as cores, os nomes, os textos e as xilogravuras.
Na escola, depois da visita à exposição, conversem sobre as impressões que tiveram da exposição Vidas em Cordel. Perguntem o que observaram, o que chamou a atenção, o que mais impactou, se conhecem alguma das pessoas dos cordéis expostos, etc.
Para refletirem sobre a história de vida da Tula e da Roberta, recomendamos que preparem um material que possibilite o contato do grupo com as histórias. De acordo com as suas possibilidades, podem mostrar no portal do Museu da Pessoa os vídeos editados, os textos das histórias na íntegra e os cordéis que foram produzidos a partir dos relatos das duas mulheres.
Caso vocês não tenham como apresentar esses materiais na internet, podem imprimir alguns exemplares e distribuir para a classe organizada em grupos.
As histórias de vida que estão no acervo do Museu da Pessoa são contadas pela própria pessoa, registradas e publicadas na íntegra e também editadas em uma versão audiovisual.
As histórias pessoais trazem informações, significações e sentimentos da pessoa que a contou. A memória é construída no presente, os acontecimentos vividos no passado são relatados com a visão do presente.
Os estudantes convidados a ler os textos e assistir ao vídeo encontrarão conteúdos que poderão levá-los à:
Podem sugerir que leiam os textos das histórias e conversem sobre:
Conversem também sobre os registros das histórias (relato escrito, videos e cordel). Peça que observem as diferentes edições que foram feitas para a divulgação das histórias nos diferentes suportes, e conversem sobre as diferenças entre eles na comunicação das histórias e das características de cada um.
Que partes da história toda cada edição priorizou? Por quê? Como as diferenças entre os suportes foram exploradas?
Na escola, depois da visita à exposição, conversem sobre as impressões que tiveram da exposição Vidas em Cordel. Perguntem o que observaram, o que chamou a atenção, o que mais impactou, se conhecem alguma das pessoas dos cordéis expostos, etc.
Para refletirem sobre a história de vida da Tula e da Roberta, recomendamos que preparem um material que possibilite o contato do grupo com as histórias. De acordo com as suas possibilidades, podem mostrar no portal do Museu da Pessoa os vídeos editados, os textos das histórias na íntegra e os cordéis que foram produzidos a partir dos relatos das duas mulheres.
Caso vocês não tenham como apresentar esses materiais na internet, podem imprimir alguns exemplares e distribuir para a classe organizada em grupos. Vale lembrar que os livretos com as histórias cordelizadas serão distribuídos gratuitamente e os alunos poderão levar o material para casa, quando se trata da exposição física.
Sugerimos que preparem os estudantes para a visita à Festa/Feira Literária apresentando os diferentes gêneros literários que poderão encontrar lá, enfatizando os que foram vistos no Museu da Pessoa e na exposição Vidas em Cordel.
Peçam aos alunos que, na visita, pesquisem a presença da literatura de cordel, da biografia ou relatos de vida e da poesia. Podem fazer um levantamento do tipo de histórias que esses gêneros trazem: de pessoas; de pessoas comuns ou conhecidas pelo grande público; histórias reais ou ficção; histórias de lugares; histórias do presente ou do passado; histórias produzidas por homens ou mulheres, e os formatos. (livros, quadrinhos, folhetos, cordel, cadernos, desenhos, etc).
Na escola, os alunos podem produzir um relato na forma de texto em poesia de outro gênero ou em cordel da experiência do contato com as histórias e com a literatura na visita à exposição do Museu da Pessoa. Esses relatos podem ser expostos em um mural, em uma apresentação na escola e no Museu da Pessoa.
É preciso que atentem, caso optem pelo cordel, para as formas fixas e tipos de estrofes escolhidas pelo autor Jonas Samaúma para cada uma das histórias. Nos casos de Tula e Roberta, suas histórias foram narradas em setilhas (com versos de sete sílabas poéticas), o mesmo verso utilizado por Chico Buarque de Hollanda em sua famosa composição “A Banda”. Há outras histórias narradas em sextilhas (estrofes de seis versos) e décimas (estrofes de dez
versos).
HAURÉLIO, Marco – Breve História da Literatura de Cordel. 3a. edição. Editora Claridade, São Paulo, 2019
– Literatura de Cordel. Do Sertão à Sala de Aula. Editora Paulus, São Paulo, 2013.
MARINHO, Ana Cristina; PINHEIRO, Hélder. O Cordel no cotidiano escolar. São Paulo: Cortez, 2012.
BORGES, Lucélia. “Mamulengo” (detalhe). 83 anos de publicações femininas na Literatura de Cordel, organização de Graciele Castro. Petrolina, PE, Cordelaria Castro, 2022.
– “Maria Bonita”. Imagem extraída da obra O Sonho de Lampião, de Marco
– Haurélio e Penélope Martins. São Paulo: Principis, 2022.
– “Faces da poesia popular”, 2022.
– “Os encantados tabajaras” (detalhe), de Auritha Tabajara. SESC Pompeia, Folhetim, 2023.
– “Pavão Misterioso” (detalhe). Ilustração para exposição comemorativa aos 100 anos da obra Romance do Pavão Misterioso, de José Camelo de Melo Resende.