Discriminação

Andréa Brazil

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Teleoperadora

[b] Até como teleoperadora [/b]

Eu, vivendo ainda de empregos formais, comecei a sofrer as discriminações, as perseguições em ambientes formais de trabalho. Fui atendente telefonista, fui teleoperadora. Por ser uma coisa em que as pessoas não me viam, só me ouviam, achei que eu não ia sofrer esse tipo de assédio.

Sofri.
[i] Andréa Brazil [/i]

Preconceito e orgulho

[b] Preconceito e orgulho [/b]
Eu sempre tive essas memórias sofridas da religião. Eu lembro que eu tinha cinco anos, por aí, acho que talvez até menos; nós fomos a um terreiro, eu e a minha mãe, era o final da tarde, e um carro parou e começou a xingar a gente, porque a gente estava de branco.

Lembro que a minha mãe me pegou no braço; na esquina tinha uma farmácia e a gente entrou na farmácia, entrou em desespero, e eu não estava entendendo nada. Falei: “Nossa…” E ele xingando de macumbeiro, de tudo que você imagina, mas na época eu não entendia assim. “Nossa, por quê?” Que desespero!

Eu lembro que tinha aqueles orelhões na entrada da farmácia, e a minha mãe ligou em casa para ver se o meu pai já tinha chegado, para ir buscar a gente de carro.

Então a gente não andava de branco, não tinha guia no pescoço para ir para a escola. Na brincadeira a gente era o macumbeiro da turma. As pessoas podiam até frequentar, mas não se assumiam como da religião, e eu lembro que a gente nunca negou. Meu pai sempre falou: “Não, vocês têm que ter orgulho da religião de vocês. A gente tem que ter orgulho daquilo que a gente é”.
[i] Luís Guilherme Campos [/i]