“Dar valor à vida de cada árvore, de cada pessoa e de suas histórias”. Essa foi a fala de Vitor Guajajara, um dos participantes do projeto.

Entrar em um museu não significa necessariamente ocupar um espaço físico. Aliás, as histórias dos povos indígenas também estão escritas nas florestas. Nesse sentido, a Floresta de Histórias foi uma iniciativa criada durante o projeto Vidas Indígenas Maranhão para promover a musealização territorial.

Durante a realização do projeto Vidas Indígenas Maranhão, a cada aula de história de vida, os anciãos, detentores do conhecimento, eram vistos como árvores de conhecimentos, grandes baobás de histórias, samaúmas de curas dos anciãos de diferentes povos. Diante disso, os Guardiões da Memória decidiram fazer uma homenagem em vida aos seus anciãos, plantando uma árvore que representasse a sua história. Depois de cursarem oficinas de poesias, os participantes ainda incrementaram a iniciativa com poemas e textos que contavam as histórias de seus anciãos.

E, assim, quando o projeto atingiu sua culminância, foi inaugurada a Floresta de Histórias, onde havia uma árvore plantada para cada ancião junto com a sua história, para que as terras indígenas se tornassem também um pedacinho do Museu dessas pessoas. Por meio dessa ação, as comunidades preservam suas histórias, associando a preservação da memória à preservação ambiental.