Festas tradicionais indígenas e suas mudanças

Maria Rosa Guajajara

Em sua entrevista, Maria Rosa Guajajara conta sobre como foi a sua vida, desde o nascimento em uma comunidade indígena até a mudança com a sua família para a fazenda onde moravam outras pessoas e o seu retorno para a comunidade indígena. Lembra que o seu pai chegou a ser cacique e a saudade que sente dele. Fala também sobre o abandono do marido e como sofreu para criar os filhos sozinha, sobre os artesanatos que produz e vende, sobre as festas que são celebradas na comunidade e as mudanças que sofreram, dando destaque para a festa do moqueado ou também conhecida como festa da menina moça.

Essa aí eu tenho muito por que eu gostos que eu achei mais importante do meu tempo, como eu falei, essas de hoje elas são boa, mas não são como do meu tempo, no meu tempo porque a brincadeira era uma brincadeira séria, animado, quem tava naquela, quem fosse pra aquela brincadeira todo mundo brincava direitim, e a de hoje não é animado, no começo é animado, do meio pro fim vai ficando desanimado aí acaba os cantor ficando só.

A festa do munquiado, a festa do munquiado era caça que a pessoa matava, munquiava pra fazer aquela festa. Mandiocaba, é a mandiocaba a gente ralava ela, botava pra cozinhar e era o mesmo processo do canto, da menina, só não é pintado tudo, é feito a brusa aí no outro dia as pessoa que tava lá naquela brincadeira aí ia tomar aquele mingau, depois do mingau aí encerrava a brincadeira. A no meu tempo os cantor, acho que não existe mais nenhum, mas já faleceram tudo, do meu tempo já faleceram, que era o pai da Maria Helena, ali do domingão e outros.

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