Foi com essa visão que os participantes do projeto criaram a Floresta das Histórias, visando prestar uma homenagem a todos os entrevistados e promover uma ação de musealização no território.
Conheça abaixo a iniciativa!
No processo de registro das histórias de vida, os anciãos, detentores dos saberes, eram vistos como árvores de conhecimentos, com suas raízes ancestrais, tronco, galhos, flores e frutos. Com essa inspiração, os Guardiões da Memória de Iauaretê decidiram fazer uma homenagem aos seus anciãos com o plantio de mudas de árvores simbolizando a vida, memórias e saberes de cada entrevistado. Junto com a muda de árvore, foram instaladas placas com poesias feitas pelos participantes representando a história de cada um. Muitos dos entrevistados se emocionaram ao visitar o local e ver a placa com o poema e a muda de árvore plantada em sua homenagem.
Já na região do Médio Rio Negro, foram elaboradas apenas as placas em homenagem aos entrevistados, mas a Floresta será plantada posteriormente junto com o “frutal da diversidade”: uma área que está sendo planejada na cidade de Santa Isabel do Rio Negro para o plantio e salvaguarda de espécies que fazem parte do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro. As placas produzidas foram expostas durante evento de culminância do projeto e ficarão fixadas em um mural na sede da Associação das Comunidades Indígenas do Médio Rio Negro (ACIMRN) até a montagem do “frutal da diversidade”.
“Foi a primeira vez que fizemos gravação da história da nossa vida. Isso me emocionou. Acho que emocionou a todos.”
Sr. Arlindo Maia, do povo Tukano
“Foi marcante a emoção que senti no momento que estava contando a minha história. Fortalece a auto-estima das pessoas, a identidade cultural dos povos que vivem em Iauaretê. Fortalece a divulgação das histórias de vida das pessoas e os conhecimentos.”
Domingos Lana, do povo Tariano
“O ancião, o mais velho, é o nosso equilíbrio. Ele é o nosso orientador espiritual, o nosso orientador do mundo. Na nossa região, há uma diversidade de anciões.”
Lucas Matos, do povo Tariano
“Agora eu já estou na memória aqui nessa floresta de conhecimento.”
Sr. Joaquim Lustosa, do povo Tukano