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Embora o pedido do registro tenha partido das comunidades e associações indígenas da região do Médio Rio Negro localizadas no município de Santa Isabel do Rio Negro, o SAT-RN foi registrado em nome dos 23 povos indígenas que vivem na região do Rio Negro.
Registrado no Livro dos Saberes, o SAT-RN engloba, entre outros elementos:
Estas são algumas das características que fazem parte da agricultura e do manejo agroflorestal de todos os povos indígenas do rio Negro e que foram desenvolvidas e adaptadas ao longo de milênios de ocupação dessa região pelos antepassados.
A coleção reúne depoimentos que revelam trajetórias, memórias, saberes e fazeres de alguns dos indígenas detentores deste patrimônio. Assista abaixo!
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Toda vez que eu lembro dá um arrepio no corpo
Amadeu Fontes
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Tem um bocado de benzimento no meu corpo
Everalda Pascoal de Menezes
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Ainda nos tempos da escravidão
Percílio Camico
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Eu conheço algumas manivas, tudo tem um nome
Orlanda Pereira Mesquita Maia

Na cabeceira do igarapé era muito sacrificante
José Assunção da Costa Baré
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Nós indígenas, nosso aprendizado é diferente
Lucimar Rodrigues Alves
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As frutas que sustentavam a gente
ERIVALDO DE PAULA PANCRACIO

Sou do tempo do kariamã
Maria Célia Germano Baré
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Eu sempre tenho lembrança da minha avó, porque hoje o que eu sei foi ela quem me ensinou
Ivânia Melgueiro Baltazar

A gente não faz mais as danças, por isso as frutas estão raras
Marivalda Lauriano Xavier Baniwa
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Comida boa era para os padres
Tereza Juvica da Silva

Nunca esqueci e nunca vou esquecer
Reginaldo Diniz Menezes Tukano
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Eu não esqueci a minha tradição
Donata Batista Bezerra

Eu não queria que a nossa cultura se perdesse
Diones Lauriano Baltazar Baré
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Como é esse negócio de benzimento
Hermes Venâncio Brazão
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O mato tem um dono
André Agostinho Paulino da Silva
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É isso que eu aprendi com eles e eu não deixo acabar
Enedina Ventura Cipriano

Hoje é uma pedra, mas antigamente era uma velha
Vamberto Placido Rodrigues Baré

Não foi fácil lutar contra os brancos
Joaquim Rodrigues Costa

Na pescaria meu pai fazia canoa no machado
Roberto Carlos Teles Paiva Tukano

Quero mostrar pra minha mãe que sou capaz de fazer ela chorar de alegria
Roberto da Silva Baré

Ele me ensinou e eu aprendi olhando
Cosmo Pascoal de Menezes Baré

Veja como está minhas mãos, de tanto ralar mandioca
Lindalva Luciano Camico Baré

Assim que a gente vivia no antigo
Luiza Crescencio da Silva Baré

Eu senti o cheiro da morte
Vanilson Lopes Braga Baré

Eu gosto muito de trabalhar roça, esse lugar é muito bom
Albertino Correia da Silva Tukano
O documentário traz trechos das histórias de vida registradas nos dois territórios, encadeadas a partir de uma perspectiva temática.
Fruto de uma proposta dos próprios indígenas e das lideranças locais, o livro compila trechos das histórias de vida registradas com histórias organizadas por temas.
No podcast Guardiões da Memória do Rio Negro, produzido pelos próprios jovens indígenas participantes do projeto, foram gravados cinco episódios temáticos em cada território trazendo trechos de histórias de vida.