Eu sempre fui conectada com arte, pintura, desenho, gostava da expressão que a arte possibilita, e eu tinha uma amiga que falava que queria fazer Moda.
Ela: “É, porque as roupas contam histórias”.
E eu falei: “Vou fazer”.
Meu pai estava esperando que eu fizesse Direito ou Medicina. Foi aquele choque.
Na faculdade eu convivia com uma turma moderna, e comecei a ir a lugares, mas no fundo eu não me sentia parte do grupo. Aí eu meio que ‘mergulhei’ nessa história de ativismo.
Quando voltei para o Brasil em 2014 comecei assim, tipo ‘formiguinha’, a falar sobre esse movimento, ligar, escrever. Aí foram chegando as pessoas. Hoje, grandes varejistas no Brasil têm práticas, projetos e políticas inspiradas no Fashion Revolution.
A problemática da roupa é próxima à do alimento: Quem fez? O que está envolvido com esse processo? De onde veio? Para onde vai?
Combater o processo de produção desenfreada do capitalismo e pensar numa moda responsável são causas que Fernanda Simon abraçou para a sua vida. Desde então ela tem lutado para que as pessoas se façam uma pergunta: Como é produzida a minha roupa? Fernanda é paulistana, nascida no dia 07 de maio de 1987.