Aprendeu construir artesanato de cerâmica com a sua mãe, a mãe fazia cerâmicas de pratos, fornos. Na AMIDI-Associação das Mulheres Indígenas de Iauaretê, ela ajuda a construir as cerâmicas, com um pouquinho que ela sabe.
Ana quando se aproxima
Já vem com brincadeira
No quintal da sua casa
Acende uma fogueira
E para preparar o caxiri
Ela cozinha a macaxeira
Ana Ferreira do Povo Tariano, nasceu e morou com os seus pais, na comunidade de Umari Cachoeira, no Alto Uaupés, depois veio estudar em Iauarete, e retornou na sua comunidade natal e casou com atual marido, moraram perto dos sogros onde tiveram filhos, para que os pudessem estudar mudaram-se para Iauarete, onde moram até hoje. Foram um dos primeiros moradores da Umari Cachoeira, que reuniram todos os moradores que viviam nos igarapés, porque sabiam que os missionários iam chegar naquela comunidade.
Aprendeu com sua mãe fazer objetos com argila como pratos, panelas e fornos para fazer farinha e beiju, que até hoje sabe fazer, como associada da AMIDI costuma fazer objetos com argila, as vezes não faz por falta de material. Nunca passou das consequências graves e nem ficou doente porque foi bem protegida através do benzimento, único momento que ela ficou doente foi com corona vírus durante a pandemia.
O pai dela contava sobre vários lugares sagrados, que tinha no porto da sua comunidade de Umari Cachoeira, ele amarrava cacuri nos igarapés e outros. Com a boa convivência já faz 15 anos que estamos aqui em Iauarete, comparando no tempo que ela estudava, antigamente era muito rígido principalmente no internato, atualmente os alunos vivem muitos livres, podem sair pra festas, beber bebidas alcoólicas e outras coisas, na opinião dela a sociedade está mudando.
Durante a sua vida sempre viveu com harmonia e alegria, não gosta de envolver nas brigas e outros tipos de violência, encerrou dizendo que ficou ansiosa de saber que ia ser entrevistada e que ficou feliz por ver o jovens e equipe aprendendo as práticas e as técnicas de filmagem.