Etelvina Cordeiro Baré

Etelvina Cordeiro Aguiar

Conta a história dos ‘TUTIRIAS’, havia uma mulher viúva que tinha três filhos, quando teve o segundo marido que era um Diabo teve um outro filho que era um animalzinho ‘veado’ sem as patas, ela o amamentava escondido e depois escondia ele em cima do girau da casa, depois que outros seus filhos humanos iam para o porto tomar banho. Um dia os três filhos descobriram que o filho do diabo era um veado e sem patas, e então tiveram a ideia de colocar as patas a esse animal, após ter sido colocado ele saiu correndo e nunca mais voltou. Já era de tarde a mãe estava voltando da roça, mais uma vez mandou os filhos irem tomar banho. Quando ela ia amamentar o veadinho não estava mais no local onde tinha sido colocado, os seus filhos colocaram no lugar um monte de carvão e por ver isso a mãe ficou com raiva dos seus filhos, os filhos da mulher colocaram timbó na manicuera, ele tomou e morreu envenenado, isso se transformou num grande cupinzeiro em cima de um toco. Após isso os filhos fugiram, para um buraco onde entraram e saíram já transformados em pássaro tutírias e saíram voando, e a mãe também se transformou em tipo de pássarinho que ate hoje em dia ouvimos seus cantos quando fazemos viagens.

ETELVINA CORDEIRO BARÉ, A MULHER DIVINA

Etelvina é uma mulher
Que gosta de tomar chibé
Nas festas culturais
Se destaca no bahsasé
Vem do baixo Rio Negro
Orgulho do povo Baré

Etelvina Cordeiro, nasceu na comunidade de Querari, Alto Uaupés, pertencente do Povo Baré, nasceu e trabalhou ajudando os pais, e depois mudaram para Iauarete, a sua mãe não sentia confortável no lugar onde viviam, foram para o sitio de São Gabriel da Cachoeira no rio Papuri, a sua mãe não preocupava com os estudos dela. Anos depois ela foi viver no internato, naquele tempo as freiras eram muitas exigentes, as regras eram rígidas, se distraísse no momento da oração ficavam de castigo e não merendavam, ela era jovem muita bagunceira mas era querida das freiras, quem não se comportavam eram expulsos do internato.
Aprendeu fazer artesanato de em plumagem e fazia todos tipo de bolsa e hoje faz bolsa com garrafa de coca-cola e pet. No internato com as freiras também cantava cantos em Latim, que era muito lindos esses cantos. A Dona Etelvina conhece a história do Ohkomi que vivia na comunidade do atual cruzeiro, e outras história que são muitas longas e contou uma parte dessa história, também conhece e contou uma fabula do pássaro Tutiri, e final cantou handeka, homenageando o sua etnia e clã e aos entrevistados presente no local.