Amália narra que aprendia com seu pais e depois que se ajuntou com seu marido trabalhava na roça plantando cana, maniva, milho, mesmo ela tendo 7 filhos ela fazia todo o trabalho de forma bastante intensa, era uma trabalhadora aguerrida, feitora de farinha. Amália conta da cachoeira sagrada da onça que usufruem e preparam suas armadilhas de pesca em vários lugares que ela sabe com detalhes e exatidão. Ela é da etnia Tuyuca e é esposa dos Kuivathe,um clã tariano.
Amália é uma mulher maravilha
É sempre cuidadora
Faz tudo com cuidado
E é uma ótima protetora
Indígena guerreira
E desde a infância trabalhadora
Dona Amália Noronha Tuyuka nasceu em Acaricuara, na margem colombiana do rio Papuri, que faz fronteira com Brasil. Seus pais ensinavam a trabalhar na área cultural e na sua infância a levaram para trabalhar com as freiras. Ela fez parte do clube de mães e nesse clube aprendeu a costurar, fazer tucum, tecelagem, mas não teve o estudo completo. Mas sabe ler e escrever, tem também um certificado de costureira, veio para Iauaretê e conheceu o seu esposo Dorval Lana onde teve sete filhos e começou a trabalhar na roça, plantando mandioca, abacaxi, banana e outros alimentos. Ela tem a consciência que a cachoeira é um local sagrado e conhece casos de adoecimento das pessoas por conta de falta de resguardo, tudo tem que ser resguardo, para fechar seu depoimento ela contou uma fábula de sapos e fez uma cantoria para a culminância do seu ato de memória.