Arlindo Maia Tukano

Arlindo Bosco Sodré Maia

No tempo que no internato era proibido falar a língua indígena, aquele que era flagrado falando a sua própria língua, como punição recebia o Chaveiro, certo dia seu grupo do Arlindo resolveram dar o fim nesse chaveiro e enterraram na leira, nunca mais o chaveiro foi encontrado, assim acabou a punição com o chaveiro.

ARLINDO MAIA, O SONHADOR TUKANO

Arlindo é um sábio Tukano
As mentes está sempre abrindo
Na hora da comida tradicional
Ele fica alegre e sorrindo
É uma pessoa sonhadora
Mesmo quando não está dormindo

Arlindo Maia Yepá Diró Mahsũ (Tukano), do Ahkó Ñisa (rio Papuri), no povoado com nome tradicional Diakahsapá, nasceu com a união de Yepa Mahsũ e Bᵾpó diró Mahsó, fala sua própria língua, morou na sua comunidade natal quando tinha 5 e 6 anos de idade, recomendou que devemos respeitar os mais velhos, por que eles tem muito conhecimento cabe a nós consultar para termos conhecimento.
O avô dele era deficiente porque foi picado pela jararaca, conhecedor dos lugares sagrados e mestre de danças tradicionais, sempre transmitia alguns conhecimento aos seu netos. Lembrou no seu tempo de internato e as consequências das mudanças dos costumes e tradição dos indígenas e quem organizava eram os missionários, antes os indígenas não podiam casar com a pessoa da mesma etnia, os mesmos reverteram esse quadro para atrair mais gente no internato. No período do internato seu avô contava sobre a história dessa cachoeira, o que marcou foi quando o sogro da sua tia preparava uma armadilha para capturar os peixes e trazia uma bacia cheia, as vezes ele o levava para ver, mas na verdade era para trabalhar para ver e ao mesmo tempo ajudava ele.
Com 10 ou 11 anos entrou no internato, no ano de 75 à 80 formou 8ª série, nesse trajeto lembra dos salesianos, Pe. José Daravalles, ele estava deixando de ser Diretor e o substituto o Pe. Antônio Scolaro, a preocupação desse padre italiano era a educação, religião e sustentabilidade.
Outro fato marcante no internato foi a história foi o “Enterro do chaveiro”, naquele tempo era obrigado falar português, cada grupo falava suas idiomas, pessoa que era flagrado falando sua língua recebia chaveiro. Uma vez ele e seus colegas preferiram botar fim nesse chaveiro e enterraram na leira onde eles trabalhavam, foi fato de malandragem diz ele.
Com 10 anos de idade morava junto com os seus pais na comunidade de origem, com 15 à 18 anos de idade já estava em Manaus, formou como técnico em Agropecuária de depois ingressou como professor rural. Andou em vários regiões dando aula como professor rural, mas não teve relação com nenhuma mulher, uma vez tua mulher pergunto-lhe “Por onde você andou não teve nenhuma mulher?”. O pai dele nunca ensinou fazer matapi, ele aprendeu com seus colegas onde ele dava aula, além disso aprendeu várias coisas sobre a cultura. Quando ele conheceu sua esposa ela era muita nova, ante ele bebia muito, quando teve quatros filhos teve a consciência na moderar na bebida.