BAYAROA PARÃMI: Neto dos mestres de cantos e danças

Arcênio Costa Ferraz

Arcênio nasceu em 1988, na comunidade Arara Cachoeira, e é do povo Wanano (Kotiria). Em 1992, começou a estudar, seu pai começou a orientar sobre relações de parentesco, repassando seus costumes e tradições. Hoje ele pratica o conhecimento de seus avós, de seu povo, que são de uma linhagem de bayaroa, tendo se tornado grande mestre especialista em cantos, danças e instrumentos musicais indígenas de sopro. É liderança no alto rio Uaupés. Além desses conhecimentos, é um prático de muita experiência, conhecendo o caminho dos rios Negro, Uaupés e Papuri.

ARCÊNIO FERRAZ, O PROTAGONISTA WANANO

Arcênio é um grande viajante
Canta e dança demais
Afinal é um Baya
Honrando seus ancestrais
Além disso é um protagonista
Se destaca em tudo que faz


Ancênio Ferraz Wanano, nasceu em Arara Cachoeira, começou os seus estudos no ano de 1992, desde criança quando começou estudar seu pai lhe ensinava várias coisas sobre a cultura, seus avôs eram mestres de danças tradicionais, ensinavam da dançar e repassar seu conhecimento sobre cariçu e outros instrumentos musicai. Em 2001 Ancênio se mudou para Iauarete para estudar o primeiro ano do ensino médio, estudou por um ano. Quando o Ensino Médio foi implantado em Caruru Cachoeira retornou e continuou seu Ensino Médio, e lá aprendeu escrever a sua própria língua, onde criaram especialmente para os povos kotirias, na maloca aprendeu a cantar os cantos da danças do ‘’Capiwaiá”. Também participou das primeiras danças dos alunos Kotirias que foi realizado no Centro Juvenil Salesiano em Iauarete no ano de 2002, no tempo do PDPI(Projeto Demonstrativo dos Povos Indígenas), faziam filmagem entrevistando Ansiões, fazendo registro da Cachoeira de Caruru se aprofundando mais sobre a cachoeira. Logo após ter concluído o ensino Médio, trabalhou como Conselheiro Distrital de Saúde, até dois mil e nove, mudou-se para São Gabriel da Cachoeira foi servir ao Exército Brasileiro trabalhou por sete anos, foi para Manaus onde trabalhou por um ano e retornou para São Gabriel da Cachoeira. Depois que saiu do Exercito retornou para sua comunidade, onde trabalhou como representante da Associação da calha do rio Alto Uaupés, conhecendo várias pessoas que trabalhavam no movimento indígena.