DUHI WASERE WEREKAHSAGɄ: Alerta às consequências dos lugares sagrados

José Luis Brito

Ele conta a história de diversos lugares sagrados, a partir de Santa Rosa, e suas consequências. Sobre a Cabeça do Macaco (quem come lá fica brincalhão que nem os macacos). Contou também que o Igarapé Veneno tem seu lugar sagrado e tem que ser respeitado. Contou a história do umari e algumas outras.

JOSÉ BRITO, O POLIGLOTA TARIANO

José é poliglota do Uaupés
Esse tariano andou por Tefé
Na volta a sua terra natal
Conheceu um pajé
Que benzeu o seu corpo
Pra ele ser quem ele é

José Brito Tariano entende Wanano, fala Tariano, Piratapuia, Tukano, português e espanhol, nasceu na Venezuela, na comunidade Maroa. Seu avô o trouxe para o Brasil, para Santa Rosa. Veio para Iauaretê para estudos, depois em Caruru. Depois serviu no Exército, estudou em Manaus e foi trabalhar no garimpo. Fazia pescaria na sua comunidade, em Santa Rosa. Foi estudar em São Gabriel, depois retornou para Iauaretê para trabalhar no sistema escolar SIGEAM, com logística e recursos humanos. Depois de tantas viagens, sua mulher o abandona. Mesmo assim, quem cuida das filhas é ele, até hoje.
José narrou sobre os lugares sagrados, seus resguardos e consequências, contou sobre a Cabeça do Macaco, que quem come lá fica brincalhão que nem os macacos. Contou também que o Igarapé Veneno tem seu lugar sagrado e tem que ser respeitado. Ele narra que em Umari Cachoeira há uma corredeira entre as pedras aonde é armado caiá, uma armadilha para capturar piaba, seu avô contou que quando é comido piaba desse lugar há uma consequência, sua história de vida confirma os ensinamentos do avô.